O Robot Psicopata

2050. A humanidade começava a preocupar-se seriamente com a sua sobrevivência como espécie. Mas isso só seria possível se o “sapiens” acabasse com a natural agressividade. Abandonando as pequenas questiúnculas que o encaminhavam para a destruição. Milhões de pessoas viviam nos detritos das lixeiras e grandes cidades tinham sido arrasadas para voltar a haver campo, flores e florestas. Acabara-se há muito com os super bancos e a especulação desenfreada, selvagem e secreta do lucro. Jogo em que o povo pagava os desvarios e desvios fraudulentos! Na vertigem do progresso o homem fora substituído pelas máquinas. Por serem mais eficientes e controláveis. Era também uma tentativa do Ocidente de recuperar as multinacionais que ao deslocarem-se para a Ásia tinham provocado revoltas sangrentas. A União Europeia, uma ideia maravilhosa mas moribunda, estava acabando em bancarrota. Início deste romance, este texto dá o mote da narrativa singular que Miguel Barbosa, desta feita, propõe aos seus leitores. Nela, sob forma de uma antevisão alegórica do futuro, são colocadas questões tão pertinentes e actuais, como o reverso das grandes conquistas da ciência e da tecnologia e os perigos da robótica e da cibernética.