O Veneno Afrodisíaco da Palavra

Miguel Barbosa é um caso raro, senão único, no panorama da Cultura Portuguesa. Autor pluridimensional (pintor, poeta, dramaturgo, romancista e contista) em todas estas áreas se afirmou, dentro e fora do país, pela riqueza da sua arte pictórica e literária. A coberto do pseudónimo Rusty Brown, inscreveu também o seu nome na literatura policial, que já deu aso a várias teses de licenciatura. No âmbito da poesia, género que muito tem cultivado, valerá a pena, para aquilatar da projecção que tem no Brasil, reproduzir aqui o extracto de uma crítica que um conhecido crítico brasileiro, Silvério da Costa, fez acerca do seu livro anterior, Eu Robot, Erradamente Programado: «…Trata-se, pois, de um autor poliformo que só engrandece o Panorama da Literatura Universal, ao nos propor uma reflexão existencial, através de um poema denso, mas que diz tudo que deve ser dito, sobre a vida transformada num grande pesadelo, dentro do mimetismo que a caracteriza.» E o elogio que lhe faz a propósito de uma peça de teatro: «Parabéns! Que bom que você exista, Miguel Barbosa!…»