A Vida Secreta e Amorosa da Flor

Nesta obra, Miguel Barbosa, resolve cantar e sublimar algumas espécimes de flor, certamente aquelas que mais admira pela sua beleza, fragrância e exotismo, adornando poeticamente as suas características e virtudes, e a sua génese. Como nos diz Donato Loscalzo: “A borboleta cede às flores algo de seu, uma célula dela e da qual renascerá em forma de crisálida que sobrevive às tempestades e às violências da história. O voo da borboleta que Barbosa, por vezes, adopta como imagem do seu fazer poético, indica não só a interactividade da poesia, mas também a homogeneidade das diferentes ocasiões de comunicação poética: muda o receptor (ou seja a flor que acolhe o ovo), mas o depositar e a borboleta repetem ininterruptamente a sua experiência”.