Paula Cristina Costa
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A autora situa-se no campo que melhor conhece, o da literatura portuguesa (embora também o cinema e a pintura estejam presentes como uns dos alicerces do texto — Godard, ou Peter Chelson; Hieronymus Bosch e Salvador Dali), e daí tenta uma aproximação à ideia da contemporaneidade baseada na comparação de textos de alguns autores portugueses e nos conceitos de “diálogo”, “tempo”, “olhar” ou “realidade” (contemplada, transcendida), partindo da tese de que a «contemporaneidade dos textos não tem de coincidir com a contemporaneidade dos autores, enquanto indivíduos históricos, mas apenas enquanto sujeitos poéticos, ou seja, contemporâneos de uma mesma idade ou categoria filosófica que suscita idênticos usos das formas poéticas». (do Prefácio de Perfecto Cuadrado Fernández)