J. Hillis Miller
Apenas um resultado
J. Hillis Miller (1928-2021) foi professor emérito de literatura na Universidade da Califórnia. Autor de quinze livros e mais de cem ensaios de crítica literária, tornou-se um dos mais influentes e mais respeitados críticos norte-americanos modernos. Considerado um dos grandes conhecedores da literatura vitoriana, a muitos outros estudos se consagrou. Um deles, a que se dedicou durante vários anos, foi o da ética da leitura e a relação entre a teoria e a literatura, e a teoria e as instituições. Personificando o instrutor imaginado por Nietzsche, que “nos ensina a ler mais devagar”, Hillis fez o que o bom crítico deve fazer: reanimar textos antigos e modernos, confrontando-os com indagações contemporâneas, esclarecendo e aprofundando os seus enigmas. O fascinante jogo de ideias que caracteriza estes ensaios há-de conquistar novos leitores para uma questão pertinente nos estudos literários: a ética da leitura. Existe uma ética da leitura? Se uma obra fracassa sempre na tentativa de se revelar plenamente à leitura e se a literatura sempre e necessariamente faz a linguagem significar alguma outra coisa, a que deve o leitor responder? Estas são algumas das perguntas centrais trabalhadas por J. Hillis Miller, em estudos que combinam teórica com leituras minuciosas de ensaios e romances — de Kant a Paul de Man, de George Eliot a Henry James — e que são objecto de estudo no livro A Ética da Leitura.