Teófilo Braga
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Nascido em Ponta Delgada, em 24 de Fevereiro de 1843, fez parte da Geração de 70 e, pela sua formação mental e cultural, foi uma das personalidades mais relevantes do grupo. Tendo-se doutorado em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1868, alinha nas ideias defendidas pelo Cenáculo até 1872, altura em que se dá uma cisão no recente movimento republicano socialista e este se divide em dois grupos: um, o de Antero de Quental, que adopta Proudhon como seu mentor, e outro, o de Teófilo Braga, que se entusiasma com o Positivismo de Comte e vê nele a base ideológica do movimento republicano. Esta oposição deu lugar a querelas acesas entre os dois e estendeu-se a outras figuras ilustres do seu tempo como Castilho, Herculano e Garrett. Repartindo a sua vida profissional entre a actividade de tipógrafo e a de professor, dirigiu publicações como O Positivismo, a Era Nova e a Revista de Estudos Livres, e presidiu, em 1881, ainda durante a Monarquia, ao Centro Republicano Federal de Lisboa. Várias vezes candidato a deputado, defendeu acerrimamente, em comícios e publicações, as ideias do republicanismo até ao derrube da Monarquia e implantação da República.
Autor de uma vastíssima obra que se estende pelos campos da poesia, da história, da literatura, da crítica, da filosofia e da política, Teófilo Braga teve uma acção determinante para a queda da Monarquia e implantação da República. Por esse motivo, e pelo prestígio internacional que desfrutava, foi escolhido, em 5 de Outubro de 1910, para chefe do Governo Provisório, com funções de Presidente da República, cargo que exerceu até 3 de Setembro de 1911. Para além da sua notável acção política e literária, subscreveu também um projecto para uma nova bandeira nacional. Morreu em Lisboa, em 28 de Janeiro de 1924.