H. G. Wells
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H(erbert) G(eorge) Wells (1866-1946), escritor inglês e filósofo político, famoso pelos seus romances vanguardistas de ficção científica onde predominam descrições proféticas dos triunfos da tecnologia e dos horrores da guerra do século XX. Wells nasceu a 21 de Setembro de 1866, em Bromley, Kent. Foi educado na Normal School of Science, em Londres, para a qual entrou com uma bolsa de estudos. Trabalhou como aprendiz de um retroseiro, bibliotecário, educador e jornalista até 1895, ano em que se tornou escritor a tempo inteiro. Da relação de dez anos com Rebecca West resultou um filho, Anthony West, em 1914. Nos anos seguintes produziu mais de 80 livros. O seu romance A Máquina de Tempo (1895) entrosou ciência, aventura e comentário político. Trabalhos posteriores deste género são O Homem Invisível (1897), A Guerra dos Mundos (1898) e A Forma das Coisas por Acontecer (1933); todos eles foram adaptados ao cinema. Wells escreveu também romances devotados à delineação de personagens. Entre esses estão Kipps (1905) e A História do Sr. Polly (1910), histórias amarguradas que descrevem os sentimentos e aspirações de membros da classe média baixa. Ambos recordam o período da mocidade de Wells; o primeiro conta a história da luta de um professor, o segundo retrata a vida de um assistente de retroseiro. Muitos dos outros livros de Wells podem ser categorizados como romances de tese. São disso exemplo Ann Veronica (1909), onde o autor defende os direitos das mulheres; Tono-Bungay (1909), ataque declarado aos capitalistas irresponsáveis; e Mr. Britling Sees It Through (1916), descrição da reacção comum do inglês à guerra. Depois da I Guerra Mundial (1914-1918), Wells escreveu um trabalho histórico imensamente popular, Breve História do Mundo (2 volumes, 1920).
Durante a sua vida Wells preocupou-se profundamente com a sobrevivência da sociedade contemporânea. O seu trabalho sobre este tema é abundante. Foi sócio temporário da Fabian Society. Por essa altura imaginou uma utopia na qual as vastas e assustadoras forças materiais disponíveis ao homem e mulher modernos seriam controladas racionalmente em prol do progresso e da igualdade entre todos. Em 1934 escreveu a sua Experiência na Autobiografia. Os seus últimos trabalhos foram crescentemente pessimistas. ‘42 para’ 44 (1944) castigou a maioria dos líderes mundiais do período; Mind at the End of Its Tether (1945) expressou as dúvidas do autor sobre a capacidade da humanidade para sobreviver. Wells morreu a 13 de Agosto de 1946, em Londres.