Arménio Vieira
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Arménio Adroaldo Vieira da Silva nasceu na Praia, Ilha de Santiago, a 24 de Janeiro de 1941. A sua sede de saber e a sua postura ideológica cedo o levaram a procurar intervir activamente nos destinos do seu país. Ao tempo em que foi estudante no Liceu Gil Eanes, tornou-se um dos fundadores da página literária Seló, suplemento do Notícias de Cabo Verde, que não passou do segundo número mas marcou profundamente a sua geração. Sem desarmar, continuou a publicar a sua obra em diversas revistas — Vértice, Raízes, Mákua, Alerta, Ponto & Vírgula, Fragmentos e outras publicações —, até se tornar redactor do extinto jornal Voz di Povo. Após ter ganho o 1.º Prémio dos Jogos Florais com o caderno A Noite e a Lira, a sua voz ganhou maior projecção e tornou-se incómoda para o regime de Salazar. Em consequência disso foi preso pela PIDE. Em 1981 é publicado o seu primeiro livro, Poemas. Conquanto seja na poesia que o seu nome mais se impõe distingue-se também na prosa com a publicação dos romances O Eleito do Sol (Vega) e No Inferno. Em 2009 veio a consagração do seu valor com a atribuição do Prémio Camões. Sob a chancela Vega publicou também o livro MITOgrafias (2011).