Chiquinho – 2.ª edição

 16.96

Sobre o livro
Descrevendo Cabo Verde dos anos 30, o seu interesse resulta não somente do facto de estar apoiado numa realidade que até esta altura tinha sido deixada de lado pelos escritores do arquipélago, mas sobretudo da demanda da personalidade cultural do povo de Cabo Verde. Este aspecto é ilustrado pelas numerosas evocações das tradições populares. Chiquinho é também uma forte denúncia: do abandono a que foram votadas as pessoas de Cabo Verde. As secas destruíam colheitas, a fome estendia as suas garras sobre uma população indefesa e desesperada. No entanto, no meio da fome e da pobreza do povo cabo-verdiano há uma esperança, um sonho recalcado em todas as personagens: Tio Joca, Euclides Varanda, Toi Mulato, todos poderiam ser outra pessoa que não são, se ao menos a terra não fosse madrasta. É aqui que entra o mar, rampa de sonhos e de fuga, a miragem da América, os baleeiros para correr sete mundos, o futuro prometido para lá da fome, das secas e do sofrimento. Chiquinho é o fio condutor por onde passam todas estas personagens. É através das tribula-ções deste jovem, de origem modesta, mas livre num mundo desconhecido, que Baltasar Lopes se impõe como um dos principais fundadores da literatura cabo-verdiana.

 

Sobre o autor
Nascido a 23 de Abril de 1907, Baltasar Lopes foi um homem de grande e multi-facetado talento, sendo pedagogo, filólogo, advogado e escritor. Foi um dos fundadores da revista Claridade, iniciada em 1936 e que operou uma grande viragem na literatura cabo-verdiana. Tendo regressado a S. Vicente aceitou um lugar de professor no Liceu Gil Eanes (hoje chamado Liceu Ludgero Lima), onde leccionou durante vários anos. Da sua produção literária destacam-se: Chiquinho (1947), O Dialecto Crioulo de Cabo Verde (1956), Cabo Verde visto por Gilberto Freire (1957), Cântico da Manhã Futura (1986), Os Trabalhos e os Dias (1988). Baltasar Lopes deixou uma marca indelével do seu saber e da sua personalidade em gerações e gerações de estudantes e leitores que unanimemente o elegem como um marco da literatura universal. Faleceu em Cabo Verde, decorria o ano de 1990.

Esgotado

REF: 978-972-699-838-9 Categoria:

Descrição

• Um dos melhores romances da literatura cabo-verdiana;

• Obra aconselhada nos cursos de literaturas africanas de expressão portuguesa.

Press Release

Press - Chiquinho - 2.ª edição

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