Carta Sobre os Cegos – 2.ª edição

 12.72

Sobre o livro
Nesta obra Diderot interroga um cego de nascença sobre a ideia que lhe desperta a noção de simetria ou da beleza, procurando certificar-se de que a “beleza” para um cego não é senão uma palavra quando separada da utilidade. Todas as respostas do cego se mostram rela-tivas nos únicos sentidos de que ele dispõe. As princi-pais noções de metafísica e moral são igualmente con-cebidas por ele depois da sua experiência sensitiva. Assim, não há bem nem mal, mas pessoas que guiam os cegos e lhes abrem horizontes. Este diálogo entre um cego e um ser que vê, patente na primeira parte desta Carta Sobre os Cegos, tem pois por objectivo levar o leitor a inclinar-se para o relativismo. A segunda parte do texto é ainda mais subversiva por Diderot sustentar aí a hipótese de uma grande desordem universal: o que é aqui normalidade não será noutro lado uma excepção? Radicalmente materialista, Diderot vira-se assim para o ateísmo e arrasta-nos com ele até à vertigem no turbi-lhão da sua reflexão que, publicada sob forma de livro em Junho de 1749, vem a ser censurada e a merecer- -lhe a prisão.

 

Sobre o autor
Denis Diderot nasceu em Langres a 5 de Outubro de 1713, tendo vindo a falecer em Paris a 31 de Julho de 1784. Na qualidade de filósofo e escritor escreveu Carta Sobre os Cegos Para Uso Daqueles que Vêem e A Enciclopédia (1750-72), considerada a sua obra maior, que, apesar da oposição da Igreja Católica e dos pode-res estabelecidos, levou a cabo com empenho e entu-siasmo. Publicou também algumas peças teatrais (de pouco êxito), destacando-se particularmente nos roman-ces (seguindo as normas de alguns humoristas ingleses, em especial de Stern): A Religiosa, O Sobrinho de Rameau, Jacques, o Fatalista e o Seu Mestre. A ele se devem ainda numerosos artigos de crítica de arte. Diderot fez da literatura um ofício, nunca esquecendo, porém, a sua condição de filósofo. Preocupavam-no a natureza do homem, a sua condição, os seus problemas morais e o sentido do destino.;

 

REF: 978-972-699-869-3 Categorias: ,

Descrição

• Primeira tradução para português desta obra marcante do pensamento filosófico de Diderot;

• Edição enriquecida com um prefácio e notas que ajudam a contextualizar o autor e a obra na sua época.

Press Release

Press – Carta Sobre os Cegos – 2.ª edição

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